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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Saúde do Homem


O texto a seguir foi elaborado  a partir da fala do Dr. Luciano Nunes Duro que abordou a temática sobre a Saúde do Homem no IV Seminário Integrado do SIS.
É extremamente importante a pergunta: Por que falar da saúde do homem? Porque homem morre mais, mais cedo e por razões que trazem consequências mais graves e duradouras, tanto para eles próprios, quanto para os sistemas de saúde. Para se ter uma ideia, os homens morrem de 5 a 7 anos antes que as mulheres, muitas vezes por questões de violência, que afeta cada vez mais homens jovens, causando traumas e lesões muitas vezes irreversíveis, com internações por mais tempo. Além disso, homens têm 10x mais risco de morrer por homicídio, comparados às mulheres. Também importante entender que o homem participa tanto como vítima, quanto como autor das violências, o que o faz alvo essencial para ações em saúde, sejam elas de promoção, prevenção e tratamento. Cabe refletir quais são as causas desse quadro todo. Sugere-se que por questões culturais, o homem não procura atendimento. Acha-se invulnerável, intocável. Além disso, os serviços de saúde não estão prontos para recebê-lo, pois os horários são pouco flexíveis e há toda uma “arrumação” física das unidades em torno da mulher e da criança. Outro aspecto importante também é responsabilidade do governo e suas políticas até então pouco voltadas para a saúde do homem, que era tratado apenas como uma próstata ou um coração fraco. Sugere-se que todos entrem nesta discussão, seja em casa, nas rodas de conversa, no trabalho, e, principalmente, na Academia, onde professores e estudantes dos mais diversos cursos e níveis devem colocar na pauta diária esse debate. Falar da saúde do homem não é difícil, deve-se começar.